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As Manas

  • Foto do escritor: URRO
    URRO
  • 31 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura



Alma depravada


Abri a porta e entrei


Nada vi


Porque nada havia ali


Além de mim


Do que fui e do que era


Do queria e do que fugia


O vazio era todo eu


Numa tentativa infeliz


De assombrar


Me satisfez


Foi tudo


O mais profundo


Que eu pude entrar


E no escuro do mundo


Do meu mundo


Soube que na ausência


De qualquer espécie, matéria


Ou vértebra


Estava eu, bruta, pura.


Uma puta-vácuo com alma.

 
 
 

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