top of page

Alessandro Padin

  • Foto do escritor: URRO
    URRO
  • 31 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura



A HORA SELVAGEM



Passei o dia a revisar cada mensagem


Um mínimo sinal, um eco, sussurro


No quarto que em manhã sem sol, escuro


Não guarda nem o cheiro, aroma, imagem



As mãos frias a tocar a hora selvagem


Que arranca azeda e crua o breve futuro


Que vil destrata a fé como casmurro


A erguer torto troféu em brusca passagem



Silêncio e o soprar do vento oeste


A flor branca a crescer rente a janela


O lenço que ao vestir morno reveste



Capricho que essa hora aguda enleva


O cair e levantar, o eterno teste


A luz que mora só em brilhante estrela

 
 
 

Commentaires


bottom of page