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Tensão sobre o Tom

  • Foto do escritor: URRO
    URRO
  • 15 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de jun. de 2022

Primeira exposição virtual do MAV apresenta trabalhos de Fábio de Bittencourt




Fabio de Bittencourt foi uma espécie de cometa, um raio potente de luz desses que passam pelo mundo rapidamente, de maneira incandescente, e que fazem dessa luz uma matéria luminosa e perene no cotidiano da gente. Virtuoso, inconsequente, único; Fabinho, como ficou conhecido, é referência pungente, cintilante, que grita e urge em nossas veias ecoando insistentemente nas madrugadas insones em que parecemos desistir de tudo. Sua mostra virtual apresentada pelo MAV é apenas mais um dos infinitos motivos que nos levam a decretar: Fabinho não morreu, foi morar no infinito olhando por todos nós enquanto ainda causa reboliço no mundo.


Prevista para ser inaugurada em março com parte das atividades da calourada e suspensa pela pandemia, a exposição do Museu de Artes Visuais da Unicamp (MAV) no CIS Guanabara ganhou uma versão virtual, lançada nesta segunda-feira (20). No vídeo, produzido pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), é possível apreciar telas e desenhos da "Série dos Cachorros" de Fábio de Bittencourt, sob condução de Sylvia Furegatti, diretora do Museu. A exposição marca também a doação da série para o acervo do MAV. "O vídeo pretende proporcionar uma oportunidade de alcance do público geral ao trabalho desse artista filho da Unicamp, que faleceu precocemente no ano passado", explicou.


A mostra procura trazer um pouco do olhar do artista, graduado pelo Instituto de Artes (IA) da Unicamp e com íntima relação com a cidade de Campinas. "Fábio era um artista irrequieto, atento para todas as coisas do cotidiano", conta Furegatti. O vídeo traz ainda imagens do artista disponibilizadas por Regina Müller, professora aposentada do IA, que foi casada com o artista. Todas as obras exibidas foram doadas ao MAV pelo irmão do artista, Fernando Bittencourt, que é diretor do Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC).


O evento marca também a abertura da nova galeria do CIS Guanabara, inteiramente projetada para receber exposições artísticas. De acordo com Marcelo Rocco, coordenador do CIS Guanabara, a nova estrutura é fruto de uma política de colaboração com os produtores culturais região. "Grandes eventos aconteceram ali e parte desses eventos foram capitalizados para melhoria da galeria", contou. Segundo ele, essa política envolve os produtores culturais em projetos de infraestrutura, como contrapartida a utilização do espaço do Centro Cultural.



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